quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Programa Mais Médicos



Depois de um mês tumultuado devido à chegada dos primeiros médicos estrangeiros, em grande maioria cubanos, para trabalharem no sistema de saúde do Brasil, esperei ao máximo antes de esboçar qualquer opinião sobre este delicado assunto. É evidente que não vou forçar ninguém a seguir meu ponto de vista, algo que jamais será feito neste blog, mas alguns pontos devem ser elencados, especialmente em relação aos médicos cubanos.

Primeiramente é preciso deixar de lado todo tipo de pré-conceito em relação aos cubanos, pois é notável que a visão que muitos brasileiros têm de Cuba é a que os Estados Unidos passam, mas o que muitos não sabem é que os cubanos têm o sistema de saúde melhor e mais desenvolvido que os norte-americanos e que o do próprio Brasil (segundo pesquisa atualizada da Organização Mundial da Saúde), e que esta prestação de serviço não é apenas para o povo brasileiro já que vários países do mundo recebem médicos de Cuba.

Diante o exposto podemos nos ater um pouco a história, em 1999 o então Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, junto com seu ministro da saúde, José Serra, trouxeram médicos cubanos para aqui trabalharem, atitude esta que foi considerada louvável pelos meios de comunicação da época, cito como exemplo a revista “VEJA”. Então por que está atitude de repulsa agora?

Confesso que quando soube da notícia do “Programa Mais Médicos” estava sendo repercutida negativamente pela mídia me causou surpresa, pois diante da necessidade de médicos em várias cidades do nosso país, sendo que mais de 700 cidades não tem sequer Um único médico para o atendimento prévio (imagine em casos de emergência), de que vale então o que está firmado no artigo 196 da nossa Carta Maior que a saúde é dever do Estado e seu acesso é “universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”, uma vez que observamos um sistema de saúde defasado de profissionais e infraestrutura.

Exposto isso abro aqui nesse parágrafo os dois motivos da escolha de escrever sobre este tema:
1- A declaração corporativista e xenofóbica do Presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, João Batista Gomes Soares, ao dizer que irá “orientar a não socorrer erros de cubanos”, é no mínimo absurda essa afirmação, sendo considerada “Omissão de socorro”, ratificado no artigo 135 do Código Penal, sem falar a falta de profissionalismo. Será que o juramento de Hipócrates prevê isso? Outro ponto forte da declaração do presidente foi o momento em que comparou os médicos de Cuba com “charlatões” e “curandeiros”, uma pausa aqui, a formação dos médicos cubanos para aqueles que não sabem são bem parecida com as dos brasileiros, sendo que o tempo de curso é o mesmo, com uma única diferença, no decorrer do tempo de graduação das faculdades cubanas de medicina o estudante tem que fazer serviços à comunidade carente, atendendo suas necessidades, posto isso fica nítido uma falta de desrespeito e conhecimento alarmante demonstrada por esse sujeito de alto cargo da medicina de Minas Gerais.
2- O segundo caso foi a hostilização que esses doutores da saúde sofreram em Fortaleza, mostrando tudo que o Brasil tem de pior, esquecemos nossos ideias e valores, esquecemos que o bem maior de todos os seres humanos que é a vida deve ser protegida e principalmente esquecemos que somos todos iguais. Devemos desculpas a esses médicos que saíram de seus países, especialmente de Cuba, para nos ajudar a melhorar, uma lástima terem sido vaiados e não aplaudidos como heróis.

Portanto, é evidente que há um corporativismo muito grande entre os médicos, talvez o maior de uma classe no Brasil, sendo que se pararem para pensar há uma resistência enorme na criação de mais faculdades de medicina em nosso país, deixando apenas a classe média alta e os ricos com capacidade de cursar medicina, salvo raríssimas exceções. Não são classes sociais que irão manter a medicina como um instituto solene, e sim as pessoas que nela atuam que por sua vez devem primar pela vida de todos os seus cidadãos, garantindo uma existência digna a todos, para que as desigualdades sejam cada vez mais dizimadas, a saúde é um direito constitucional e deve ser efetivada.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

ABORDAGEM SOBRE A CIDADANIA

Sendo esta a primeira postagem acho justo fazer uma breve explanação acerca do tema que aqui será abordado, tema este que gera grande dúvida no passar dos dias, muito em função dos acontecimentos que se propagam cada vez mais, e também do fenômeno da globalização e seus veículos de notícias, mas que nada mais é do que um conjunto de direito de deveres das pessoas perante a vida em sociedade. 

O primórdio da palavra “cidadania” surge do latim "civitas", que significa "cidade", sendo que nos tempos de hoje é considerado uma aglomeração de obrigações e direitos em seu convívio social, em busca do alcance da tão aclamada Justiça Social, sob visão de um ordenamento jurídico, que aponte diretrizes básicas a serem seguidas, como é o caso da Constituição Federal de 1988.

Nesse sentido, aqui será um espaço em que este blogueiro irá analisar os fatos que acontecem no dia a dia do Brasil e do Mundo, dando opiniões baseadas em pesquisas e estudos aprofundados, dando preferência a assuntos jurídicos, sobre os temas e problemas que tanto abala a sociedade.



PS: Será feita uma ou no máximo duas postagem por semana.